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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Atualizado: 4 de ago. de 2021

Nas relações familiares, não existem papeis menos ou mais importantes. Todas as pessoas do sistema têm seu "lugar" e, por isso, são essenciais! Esse texto se propõe a um breve e especial olhar sobre as mulheres na dinâmica familiar.



Segundo Monica McGoldrick e Betty Carter, no conceituado livro “As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar”, as mulheres sempre desempenharam um papel central nas famílias, a partir da expectativa depositada sobre elas serem as responsáveis pelo atendimento das necessidades dos outros: primeiro dos homens, na condição de esposas; depois das crianças, como mães; e, posteriormente dos idosos, no papel de filhas/noras cuidadoras.

“Mesmo quando as mulheres se rebelam contra ter de assumir a total responsabilidade por manter os relacionamentos familiares e por conservar tradições e rituais, tais como feriados e outras celebrações, elas sentem-se culpadas, de modo típico, quando não continuam a fazer aquilo que cresceram julgando ser sua obrigação”, ressaltam as pesquisadoras.

Soma-se a isso o fato de que, para além do ambiente doméstico, as mulheres desempenham também funções no mercado de trabalho, são maioria nas universidades e estão mais envolvidas na assistência da comunidade das quais fazem parte. Dar conta de todas essas demandas e de seus pesos (emocional, mental e físico) acaba por expor e vulnerabilizar essas mulheres a níveis elevados de estresse. Como eixo-central da estabilidade e nutrição relacional da família, as mulheres precisam ser vistas e ouvidas para a melhor regulação desses relacionamentos. Em resumo, entende-se que cuidar dessas mulheres é, diretamente, cuidar de suas famílias.

Em relacionamentos conjugais tradicionais (ou seja, com estruturas patriarcais), elas estão mais propensas a desenvolverem depressão, menor autoestima, menos autonomia e, por conseguinte, apresentam um pior estado de saúde física do que as mulheres em relacionamentos de maior igualdade (Avis, 1995). Essas mães, filhas, esposas, profissionais, estudantes precisam de acolhimento e de cuidado. E, para progresso terapêutico em terapia de família, fazem-se necessários manejos sensíveis às questões de gênero.

Enfim, que este Dia Internacional das Mulheres leve a elas, além das costumeiras rosas, a escuta qualitativa, o suporte nas abordagens e a compreensão de que para se ter famílias funcionais e felizes há que se olhar para a saúde mental das mulheres dessas famílias.

 

Autora: Domênica Conde y Martin -

Jornalista, terapeuta de família e de casal.

Estudos em Psicologia Analítica e Transpessoal como recursos/técnicas terapêuticas. Thetahealer e focalizadora do relacionamento interior. Terapeuta sistêmica, a indivíduos, família e casais, no Brasil e no exterior.

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