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Reflexão sobre o sentimento de ódio nas relações:

  • Foto do escritor: apetef
    apetef
  • 20 de out.
  • 1 min de leitura

O artigo “Além do bem e do mal: algumas considerações sobre a visão psicanalítica do ódio”, de Richard Theisen Simanke, explora de modo profundo o papel do ódio na constituição psíquica do ser humano. Partindo das reflexões de Freud, o autor analisa o ódio como uma paixão primária e fundamental para a formação do ego — uma força que antecede até o mesmo o amor em sua função de diferenciação entre o eu e o outro.


Reflexão sobre o sentimentode ódio nas relações

Simanke destaca que, para Freud, o ódio não deve ser visto apenas como uma emoção negativa, mas também como um componente essencial da vida mental e social. Ele é a energia que permite ao sujeito delimitar fronteiras, proteger-se e construir sua identidade. A partir dessa perspectiva, o ódio deixa de ser sinônimo de mal e passa a ser compreendido como parte da complexa natureza humana.


Ampliando a discussão para autores como Lacan, Klein e Kernberg, o texto mostra que o ódio pode tanto consolidar a identidade do ego quanto se transformar em força destrutiva quando perde sua função simbólica. Nas palavras do autor, “o ódio não é necessariamente um mal em si, sendo um específico complexo e difícil de ser compreendido por uma única descrição”.


Fonte da matéria: Revista Brasileira de Psicanálise, volume 53, número 1, janeiro/março de 2019.

Autor da matéria: Richard Theisen Simanke, Professor titular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

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